DEBATE DE CANDIDATOS-PRODUTO É A QUINTESSÊNCIA DA CHATICE
Por Celso Lungaretti C erta vez, no auge de Hollywood, um grande escritor foi convidado a criar o roteiro de um filme. Como não estivesse familiarizado com a chamada sétima arte , pediu para os produtores lhe mostrarem uma fita que desse boa noção de sua tarefa. Foi, começou a assistir... e logo saiu correndo, horrorizado com a mediocridade do cinema comercial. É o que tenho vontade de fazer sempre que acompanho um debate eleitoral da era dos candidatos-produto , exaustivamente adestrados por uma legião de marqueteiros para darem as respostas que melhor cumpram a função de bajular eleitores, a partir das conclusões tiradas de toneladas de pesquisas qualitativas sobre as reações dos vários segmentos da população a cada tema. Que saudades dos tempos em que não havia pacote pronto nem staff todo-poderoso, em que ainda se desbravavam os caminhos e aconteciam situações realmente pitorescas, como estas: quando Richard Nixon foi ao confronto decisivo cont...