É HORA DE TERMOS NOVAMENTE O CÉU COMO BANDEIRA E DE VOLTARMOS A TOMAR A HISTÓRIA NA MÃO!
N o início do ano letivo de 1968, sem que ninguém esperasse, a repressão da ditadura atacou com bestialidade extrema um restaurante para estudantes carentes no Rio de Janeiro, acabando por matar a tiros um secundarista de apenas 16 anos, Edson Souto. O movimento estudantil brasileiro, que tinha sido praticamente extinto pela repressão em 1964, já tentara renascer nas chamadas setembradas de 1967, mas a violência dos usurpadores do poder novamente havia prevalecido. Em março de 1968, no entanto, os estudantes voltaram às ruas... para ficarem! Com a certeza na frente , tentando tomar a História na mão , marcaram fortemente sua presença ao longo do ano. Aprofundando um pouco a análise, podemos dizer que o final da década de 1960 marca a transição da sociedade rígida e patriarcal, característica da fase da industrialização, para o amoralismo da sociedade de consumo, em que tudo e todos devem estar disponíveis para o mercado . Então, de certa forma, a contestação à aut