O FATO ou, esvaziamento do discurso acadêmico
Ao Mestre Vasconcellos Sobrinho
O sol é exato, é fato.
A ciência apura: quantas, fótons.
E eu, cá embaixo,
Um fato?
Dado concreto, objeto
dissecado.
No entanto, assistemático.
Quem mensura não me explica.
Que morra toda a estatística
E que a ciência estertore
Como fato de cabrita
Pendurada no curtume.
Sob o sol, nesses
ardores,
Não calculem minhas dores.
Quero
p(r)o(f)etas,
Não, doutores.
O sol deveras é exato,
lá no alto.
E eu,
o objeto, o fato,
ressecado no arame.
Rejeito o método.
Rejeito o número.
Rejeito o nome.
Só me consumo.
E o sol me consome.
Eis um homem!
Fonte: http://euliricoeu.blogspot.com/2010/12/o-fato-ou-morte-ao-discurso-academico.html#links
PAPERBLOG
Válida a inscrição do meu blog ao serviço de Paperblog sob o
pseudônimo Peixoto 1967