Condenados por amar radicalmente seus semelhantes
“Amai a vossos inimigos”. (Mt.5.44)
Não obstante, vi
coisas, ouvi outras que com o passar do tempo me fizeram por em questão todo o
discurso ortodoxo que ouvia até então. E não só entre os batistas da convenção.
Afinal, eu tinha amigos em outras denominações cristãs. Sartre teve razão ao
dizer que a existência precede a essência. Eu pude ver isso acontecer e ainda
vejo o quanto acontece dentro das Igrejas que praticam o cristianismo, do tipo,
por exemplo, robson- cavalcantiano; augustus-nicodemusianos e o mais radical, o
júlio-severo-cristianimo. Bem antes de fugir das garras da ortodoxia por eles
representadas, eu sempre me perguntei por que minha Igreja não pagava impostos
ao Estado? Quando não suportei mais as contradições internas, estendi essa e
outras questões para as demais denominações cristãs: por não pagam imposto ao
Estado? Ora bolas, se tal privilégio foi obtido graças aos poderosos lobbies
religiosos cristãos dentro do Congresso Nacional; se as Igrejas cristãs NÃO pagam impostos como
podem criticar, debochar, humilhar, diminuir, ridicularizar, ameaçar, mentir,
dar falsos testemunhos, tentar converter movidos por um ódio visceral aos seus
inimigos? No presente momento: os Gays? Se os mesmos pagam impostos ao Estado
como qualquer brasileiro independente da sua cor, etnia, fé pessoal e gênero,
enfim um cidadão comum típico desse País? Pagar tributos ao Estado; dar a César
o que é de César, não é uma questão Sine qua non para que possamos ter
o direito de questionar César? O Estado que se vale dele para gerir a
sociedade? Não é uma das condições de nossa cidadania? Logo, como as Igrejas ou
denominações Cristãs ousam em nome do seu deuses:
pai-filho–espírito-santo-condenar os outros e odiar, especialmente, os que
assumem amar radicalmente seus semelhantes? Esses cristãos e suas
idiossicracias bobas...
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