1- O autor da obra: “Os latifúndios do INCRA: a concentração de terra nos
projetos de assentamento em Rondônia”, José Januário
de Oliveira Amaral, renunciou ao cargo de reitor da UFRO- Universidade
Federal de Rondônia ou UNIR, sigla que, a propósito, até hoje nunca
entendi porque muitos ainda insistem em denominar essa Universidade assim. Sigla
que lembra muito uma escola de segundo grau como costumava dizer Alberto Lins
Caldas em seus textos sobre a UFRO quando nela lecionava até ser “emprestado” a
UFAL: Universidade Federal de Alagoas durante o mandato do agora ex-reitor,
salvo algum engano meu.
2- Nunca gostei do Professor e Doutor
Januário dele nessa “ocupação” de “Magnífico Reitor”. Este Januário [reitor]
nunca correspondeu ao Januário pesquisador, cientista social. Este sim, digno
de referência e de reverência e não, é claro, aquele, o latifundiário de
sacanagens e improbidades acadêmicas, administrativas e até pessoais segundo os
grevistas. Quanto à reitoria... Esta sempre fora tratada como um latifúndio particular
mesmo. É como se as eleições da forma como sempre aconteceram dentro da UFRO e
ainda acontecem no restante das Universidades Federais do País fosse uma forma
disfarçada de “grilagem” do poder que tal cargo possui e que de fato ocorrem em
muitas delas por parte de grupos de professores e funcionários das academias. Não
obstante, devemos lembrar que tal coisa não foi uma invenção do Januário. Os
problemas existentes nos Campus não têm origem nele. Ele acerta quando diz que “... os problemas no campus... são
“históricos”.
3- Nem
todos os problemas ditos “históricos” são do conhecimento público. Há alguns
que não vi serem expostos pelo movimento que “derrubou” o reitor Januário e que
talvez jamais venha a público. Suspeito que a razão disso, é que seus
responsáveis estão entre os “grevistas”. Isso mesmo: há um “lado negro da força docente” entre os grevistas que agora festejam
a queda do “Magnífico Corrupto”. Neste caso, certos professores-doutores ou não
que aderiram ao movimento desde o início e os que saltaram do barco do reitor Januário
quando se deram conta que ele estava afundando mesmo e passaram a gritar junto à
“multidão”: “Barrabás! Barrabás!” Afinal, não são os ratos os primeiros a
fazerem isso? Esses ratos são safos e espertos mesmos. Agora festejam entre os
alunos crentes que a unir “são deles”.
4-
Creio que boa parte dos alunos “grevistas” é composta por novatos, entre esses,
muitos são de uma geração de bobocas. Ingênuos que acreditam “estarem fazendo a
‘revolução” na Instituição e que “a UNIR são deles!”. Basta prestarmos atenção nas
ênfases diferenciadas e fragmentadas que tem sido dada pelos mesmos em suas
declarações na mídia; na pauta de reivindicações que fora sendo construídas ao
longo desse “movimento” que não fora definida com clareza desde seu início, mas,
definida conforme os ditames das circunstâncias subseqüentes a deflagração do
movimento. Sem falar na presença do que chamei acima de “lado negro da força
docente” entre eles. Certos professores performáticos, atores, caricatos que já
foram vice-reitores, pró-reitores ou de grupo ligados a essas figuras no
passado e no presente, antes mesmos do Januário vir a ser o reitor. Alguns
foram até pouco tempo aliados do próprio “Janú”. Já outros são tão, como diziam
o Alberto Lins Caldas, ”ratazanas”
que papel dentro da UFRO continua sendo o mesmo de sempre: fazê-la permanecer
sendo uma grande escola de “segundo-grau” [em termos atuais: “uma escola de
ensino médio”], até porque, apesarem de ostentarem títulos de “doutores” agem
como almas sebosas improdutivas, reprodutores
de “reprodutores” do conhecimento alheio que, na prática, idiotizam esses alunos crentes
que são “conscientizados” por causa deles!
5-
A “queda” do Januário reitor não significa a vitória do que a Universidade poderá
ser e que vai ser no sentido de uma Universidade séria é. Não significa “redenção”
como alguns dos bobocas acima supracitados acreditam ou que “jamais faltará
papel higiênico novamente na Unir”. Não é possível acreditar que agora sim,
teremos uma Universidade Federal de fato produtiva, academicamente falando. Que
teremos a geração de mais mestres e doutores que produzem conhecimentos novos de
verdade. Enquanto certos docentes continuarem vivos e trabalhando lá dentro,
isso não vai acontecer. Enquanto esses caras de pau, sem vergonha; essas “almas
sebosas” continuarem na ativa, a UNIR jamais será a UFRO que o Alberto
acreditava que tinha sido construída quando fora pró-reitor.
6- Lembro
muito bem ainda que, entre esses que agora se regozijam da queda do reitor, até
pouco tempo montavam bancas de avaliação de candidatos a novos professores da instituição
de um jeito que só os amigos ou amantes conseguissem ser aprovados e os
desafetos reprovados. Bancas formadas por pessoas suspeitas e não isentas que
garantissem a lisura do concurso promovido pela Universidade para preenchimento
do corpo docente. Lembro também que entre esses, há quem fez de tudo, nos
bastidores, para destruir o extinto Mestrado de Ciências Humanas a qual fiz
parte. Eles até conseguiram realizar tamanho feito, prejudicando duas turmas
inteiras com isso, sem serem jamais responsabilizados e penalizados por isso.
Professores que simplesmente faltavam, usavam a sala de aula apenas para
queimarem o colega que tomou a iniciativa de criar o referido mestrado; que não
registravam a nota e a freqüência dos alunos, que enrolavam nas aulas e etc, enfim,
que demonstraram que quem mandava na universidade eram [e ainda são] eles e que
aquele mestrado não deveria ter existido como deixou mesmo de existir subitamente.
Pessoas horrorosas que depois que entraram na UFRO só abrem as portas para quem
eles querem, independentes do mérito acadêmicos que venha a possuir. Enfim,
derrubaram o reitor, mas não o esquema que produziu este reitor, esquemas que
certos professores grevistas irão manter com todas as suas forças e que aluno
algum conseguirá mudar, justamente por que é aluno! Ainda bem que o Januário
pesquisador, cientista social, continua de pé, através das obras que produziu.
Esta resistirá sempre a qualquer greve e aos bobocas que acreditam nas virtudes
que esta greve promoverá depois da saída do Januário - reitor.
Comentários
Fernando Gromiko, “Novato”, “Boboca” que não aceita isso de cabeça baixa, seu “ingênuo” Peixoto!!! que prefere tentar conseguir algum crédito com uma critica infundada como esta!
E vc o que fez pelo nosso estado? pela população? em que contribuiu contra a corrupção? Ficar ai digitando textos ridiculos?
Desculpa, isso qualquer criança de 12 anos faz na internet.
Acho que o boboca nessa história é VC
Tem noção do teor infantil que tem essas coisas que vc postou???!
UFRO??? Isso não existe! O nome da instituição é UNIR!!!
Ahh meu caro senho, vá procurar o que fazer! Vá carpir uma data, limpar uma casa, lavar louça...ler um bom livro...qualquer coisa que o faça mais útil!
Dentre essas coisas que não se modificam, ou modificam pouco, está o comportamento de vários professores e professoras que se comportam como ratos, por exemplo, aqueles que durante a greve, diante da mídia assumem o discurso o mais radical possível, mas na ausência dela vai vender aulas para empresas que prestam serviço para a SEDUC ou mesmo para outras instituições e ensino privadas.
Acho que ele foi, em seu texto, pesado ao denominar os acadêmicos de babacas ou bobocas, creio que nessa greve, salvo aqueles e aquelas educadores bem intencionados, só os alunos é que merecem todo nosso respeito. Isso não invalida o tom profético do texto do Peixoto. Se não ficarmos todos em alerta, vamos ver a ética voltar ao ralo do esgoto no próprio encaminhamento da reposição das aulas. Veremos aulas serem registradas sem serem ministradas, veremos acadêmicos sendo afanados em seu direito de ter sua carga horária cumprida e essencialmente seu direito a construção do conhecimento burlado em detrimento das férias de professores. Portanto, tomemos o texto do Peixoto mais como uma análise que nos chama a atenção para mantermos a vigilância.
Sendo assim, obrigado desprofessor por nos manter a todos atentos aos desdobramentos vindouro, isso entendo eu, o transformou em PROFESSOR.
Joaci
ainda assim considero que o "movimento" abre uma pequena "greta" para a entrada dos germes da organização ou (re)organização estudantil universitária...