O SINTERO DA ERA DA “MANOELCRACIA”
Prof.Wilson Lopes de Jarú num discurso agressivo e caluniador contra o prof. Pantera no dia 08 de março de 2102 |
"Posso não concordar com nenhuma das palavras que
você diz, mas defenderei até a morte seu direito de dizê-la."
Françoise
Marie Arouet Voltaire
1- É sabido que professoras,
professores, merendeiras, pessoal de apoio, vigia, supervisores, enfim, os trabalhadores
da educação do Estado de Rondônia estão de greve desde o dia 23 de fevereiro de
2012. O que as pessoas não param para pensar é que num universo de 24 mil
servidores segundo diz o Governo do Estado, quem está em greve constitui uma
minoria. Quando o presidente do SINTERO grita que a “maioria” aderiu ao
movimento, esta “maioria” é, de fato, a maioria de uma minoria que se submete a
seguir como um rebanho bem adestrado a patota do “SINTERO somos sempre nós” que
detém a hegemonia do poder sindical a mais de vinte anos a fero e a fogo, a
qualquer custo da ética, sem nenhum adversário a sua altura. Eles, sempre foram
incomparavelmente imbatíveis, graças ao poder econômico e ao controle do
aparelho sindical sob seu controle. A oposição não é nada diante deles: não passam
de um grupinho de teimosos sonhadores que tentam quase que de forma suicida, vencer
esse pessoal nas urnas ou na tribuna das ditas assembléias convocadas pela
supracitada patota.
2- Esta a primeira greve
do atual sumo pontífice do alto clero de dirigentes do SINTERO, Manoel
Rodrigues. A conjuntura tem conspirado ao seu favor como parece pelas
coisas que vem acontecendo. O aparente sucesso do “movimento paredista” não é
fruto de um maduro processo de educação sindical, pois isso deixou de acontecer
a contento desde o dia em que seu líder fundador, Roberto Sobrinho, conseguiu
saltar para o mundo da política e se tornar secretário da educação do prefeito
Guedes e pouco tempo mais tarde, se tornar o burgomestre de Porto Velho.
Existem outros fatores ligados a mudanças na conjuntura nacional, ao longo da
história, que contribuíram para o SINTERO, gradativamente, ir deixando de ser
um sindicato de base, de luta política nos locais de trabalho para se tornar o sindicato
de resultado que é hoje. O SINTERO de hoje, é o que tem sido todos os
sindicatos filiados a Força Sindical de sempre! O SINTERO tornou-se pragmático,
de resultado e eleitoreiro, não diferindo, substancialmente, do ideal de sindicalismo
representado pela Força Sindical. Isto porque a CUT a qual ele está filiado
também mudou desde a primeira eleição de Lula para presidente da República. Atualmente
não difere tanto de sua aparente rival.
3- As reais intenções que
movem essa patota a fazer o que fazem são ofuscadas pelas falsas intenções oficiais
propagandeadas pela patota por todos os meios midiáticos possíveis para que o filiado
comum não perceba a tempo de impedi-los. É,... o sindicalismo pode ser movido
por razões puramente ideológicas no sentido perverso dado pelo marxismo a
palavra ideologia. Em outros termos: ideologia como máscara da realidade. É
verdade que a categoria tem motivos econômicos para fazerem greve, mas esses
motivos não explicam tudo! Quando a patota informa na televisão e durante as
assembléias que a greve é por salário justo, valorização salarial e melhoria da
qualidade de ensino, o que vemos na prática que o que mais interessa é o
aumento salarial que se pode conseguir. Da parte do cardume ali reunido em sua
maioria, o que interessa de fato é o MONEY mesmo. Da parte da patota dirigente,
o que interessa é se refazer politicamente diante da categoria dos estragos e
desgastes políticos sofridos durante a gestão do governador Ivo Cassol e
preservar os interesses econômicos paralelos e ocultos que estão em jogo. O
resto é conversa para boi dormir.
4- Fazem parte desse
joguinho oculto, por exemplo, a construção da nova sede, do novo “Vaticano”.
Digo oculto, porque nem sequer havia na placa de informações da obra o valor
total do gasto que será feito. Coisa que o ilustre irmão em Cristo, o professor
e Secretário Geral da entidade só colocou depois que esse blogueiro [que vos
escreve agora] questionou esse duvidoso “esquecimento”. Além disso, quando foi
mesmo que a categoria foi consultada e autorizou tamanha obra de construção?
Houve licitação? Quem é o engenheiro responsável mesmo? Ah, mais isso, a maior parte
da categoria que vai as assembléia não quer saber. Os espertos do alto clero da
direção sindical comemoram, mas estão super - alerta aos ditos “adversários”
históricos como o professor Francisco Batista, conhecido como Pantera que podem
investigar e descobrir outras coisitas a mais, sujas, que correm pelos
bastidores dessa greve e dessa direção.
5- Por essa e outras
razões é que desde o começo da greve no dia 23 de fevereiro, o professor
Haroldo Félix e outros monges, em suas diversas falas, têm procurado alfinetar,
indiretamente, os seus adversários fazendo por alguns instantes, à categoria
perder o foco do movimento com o objetivo de desqualificar, preventivamente,
qualquer eventual fala de qualquer um dos inúmeros discordantes dessa longeva
direção. Cito como exemplo disso, a reação absurda a fala do professor Pantera
no dia 08. Neste dia o presidente deu formalmente a palavra, mas permitiu que a
pessoa que falou depois dele o desqualificasse publicamente e sem meias
palavras. Resumidamente falando, o professor de Jarú Wilson Lopes, argumentou
que o Pantera deveria se calar porque tem cargo comissionado dentro do atual
governo.
6- Ora bolas, se esse
argumento fosse válido, a maioria que compõe a direção do SINTERO não deveria
falar nunca, pois eles fazem parte do PT [Partido dos Trabalhadores] e este
partido faz parte da base aliada do Governo do Estado de Rondônia. O marido da ex
presidente da entidade, também, tem cargo comissionado dentro do governo, logo,
ela jamais deveria sequer ser presidente do sindicato. Mas, esse argumento só
serve para o professor Francisco Batista como parece. Após a agressão verbal
sofrida pediu ao presidente Manoelzinho o direito de réplica e este, movido por
um democratismo casuístico, perguntou para a assembléia ali reunida se o
professor poderia se defender? A claque da patota do “SINTERO somos nós sempre”
que atuam em todas as assembléias como uma espécie de animadores de auditório
induziu o restante ali presente, pelo o menos a maioria, a não deixarem o Pantera
se defender das acusações sofridas.
7- Esse fato mostra o tipo
de democracia que os representantes da categoria dos trabalhadores da educação
praticam na realidade. A democracia que ousam cobrar do governo atual! Como são
caras-de-pau! Nesse momento, o que foi visto de verdade foi a “manoelcracia”:
uma variante deturpação católico-carismática sindical da democracia representativa
que eles dizem seguir. O presidente que deveria respeitar o direito a fala,
censurou-a publicamente. Porque quem queria falar era um adversário político, não
um fiel seguidor. Não era uma das suas ovelhas ali presentes ou lobo aliado,
mas o pantera! Manoelzinho começou muito bem sua primeira greve espetáculo,
fazendo Voltaire se mexer dentro do túmulo e reforçando o
sentimento fascista oculto dentro de muitos professores como esse tal Wilson
Lopes que só saem do armário quando se dão conta que seus amiguinhos
ideológicos estão em perigo.
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