Minha casa, minha sina...
Minha
casa, minha sina...
O
governinho do PT em Porto Velho vai acabar. Fui excluído da “Regularização
Fundiária” do Roberto $obrinho, do “Programa minha Casa, minha vida” do Governo
Federal, não tenho casa própria e carro como os dirigentes do SINTERO, não
tenho CDS -cargo de direção superior- no Governo do Estado como parte dos
colegas que não conseguiram entrar na direção sindical, minha profissão no
Estado nunca foi um bico, tenho dedicação exclusiva. Nem parentes dentro do
Governo eu tenho. Minha esposa não é empresária. É uma simples e humilde merendeira.
Tenho sido professor desde 1990 em Rondônia e a velharia da UNIR dificulta
minha entrada no Mestrado. Não conseguindo entrar porque não há vagas para quem
não tem padrinhos poderosos dentro da UFRO. Não importa quanto estude ou esteja
muito bem preparado: sem padrinho, dificilmente entra-se em algum curso de
pós-graduação nesta aristocrática Universidade Federal. Sem título, fecham-se
as portas, perde-se dinheiro, não há crescimento pessoal via academia e ainda perdem-se
os poucos amigos que, por sorte ou apadrinhamento, conseguiram seguir adiante:
hoje são acadêmicos. Caras como eu, então, ficam patinando nos sonhos.
Sonhando, no mínimo, em morar com dignidade. Mas, nem isso, parece haver
possibilidade de um reles professor como eu sonhar. Resta a sina. Pois bem, no
que diz respeito a moradia, esta tem sido a minha casa, esta tem sido minha
sina...
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