A inutilidade da Greve Nacional e Estadual da Educação Pública
DesProf.Peixoto*1
1. Não é de hoje que a Greve como
instrumento de luta dos trabalhadores é ineficaz e infrutífera do ponto de
vista de quem até agora ainda se devota às ações propostas por essa longeva, antediluviana
direção do SINTERO, melhor dizendo: ao Bando “sintero
somos sempre nós e de mais ninguém” que faz da greve não uma
arma, mas uma banalidade ritual sindical. Faz greve para cumprir tabela, porque
ela foi sacralizada no Calendário Anual que eles mesmos vêm construindo desde
que se apossaram dela a mais de 20 anos atrás. Anualmente, é costume a entrega
da “Pauta
de Reivindicações” ao governo de plantão. Isso também faz parte do
seu “show”. O Calendário contendo essas e outras ações são decididas, de fato, nos
porões do sindicato entre os membros do que eles chamam de “sistema
diretivo” que, nada mais é do que a reunião do baixo e alto
clero do bando, uma espécie de “vaticano sindical petista”
ou reunião dos “filas da CUT!” geralmente na
sede social da entidade, às vezes, regado à cerveja, a uma boa comida ao som
carnavalesco brega do velho cardeal Haroldo Felix e de muita piada acerca dos
adversários que tentam em vão tirá-los do poder.
2- Mas, “o
calendário” contendo a “Pauta
de Reivindicações”, a “Greve Nacional,
Estadual da Educação”; o “Carnaval fora de
época”; “Shows Profanos e
Gospel” e outros eventos de massa feitos de supetão pelos “filas da CUT!” de todo o
Estado não é homologado pela a “ASSEMBLÉIA”? É claro
que sim, mas isso é previsível. Do jeito como esses aristocratas sindicais
sempre fizeram, o “sucesso” para eles é garantido. Nenhumas desses tipinhos de
Assembleias Gerais reprovaram o que essa turma lhe propôs. Porque eles sempre
se empenharam em realizar esses eventos de um jeito que estivessem sempre
presentes uma ampla maioria garantida de “sinteristas”
juramentados misturado com uma minoria inexpressiva de ingênuos e de críticos
de plantão. Isto é: uma maioria de sindicalizados crentes cegos, desinformados,
indiferentes, idiotas e safados que fazem parte da claque deles. Um pessoal já
manjado que se aproveita desses eventos para tirarem uma folguinha do trabalho,
fazerem compras no shopping da cidade, pegarem uns coleguinhas no quarto de
motel
ou tomarem banho de piscina e fazerem churrascadas na sede social da entidade.
Esta é “a maioria”: “o rebanho” que
sempre estarão e farão o que seus “pastores sindicais” lhes mandarem.
A vitória deles é sempre certa e isso é tão bom, mas tão bom, que os ajudam a
se perpetuarem no poder e nada de substancial muda efetivamente na vida da
maioria absoluta da categoria. Esta maioria, infelizmente, sempre foi induzida
e incentivada, por esses e outros atos, a não terem motivação alguma de
participarem de forma decisiva. Tornam-se indiferentes e, por tabela, agem por
inércia colaborando para que tudo continue como sempre esteve.
3- “Faz parte do meu show, faz parte
do meu show, meu amor”... E assim será mais essa “greve” que os dirigentes
agora conclamam todos a participarem no dia 23, 24 e 25 de abril desse ano.
Greve que do ponto de vista político é inócua e inepta. Pois, temas do
jargão sindical tais como: o “Piso Salarial”; “Carreira”; “Jornada”;
“Profissionalização dos funcionários da Educação”; “Reposição Salarial” [o
termo “aumento salarial” caiu em desuso faz tempo!]; a sofrível e incompleta “Licença
Prêmio em Pecúnia” e os quiméricos “Precatórios” têm sido cansativamente recorrentes
e de resultados, demorados e pífios: tendo apenas uma minoria absoluta, entre
elas a direção deste sindicato recebido rapidamente. Não obstante o grande
problema não os temas em si mesmo, mas a forma manipuladora com que tem sido
tratado pelos sucessivos dirigentes que este sindicato teve. Todos do mesmo
grupo político de simpatizantes do PT e filiado a CUT, também de hegemonia
petista. Ora, o que a história recente do País e de Porto Velho tem a nos
ensinar a respeito do tipo de presença de gente dessa laia nos cargos Público?
O que a presença de ex-integrante do Governo petista de Roberto Sobrinho,
acusado de corrupção, o vereador José Wildes, por exemplo, faz nas Assembleias
do SINTERO? E o marido da Claudir Matta dentro do Governo Confúcio Moura, nem
se fala! Qual é o jeitinho petista mesmo dessa gente fazer política sindical
em?
4-Pois é: o jeitinho é o de
sempre. Esse pessoal, desde quando Roberto Sobrinho fundou o SINTERO com Davi
Nogueira, Fátima Cleide, Liete e o Manuelzinho perneta até o “Manoelzinho do
SINTERO”, atual presidente não mudaram substancialmente de tática não! Sua
visão do papel do sindicato hoje na sociedade não mudou não. Continuam
costurando tecido novo em pano velho; mudam apenas de pele como as cobras
venenosas. Pior, jogam fora algumas práticas do início de sua história que
poderiam ter sido aperfeiçoadas ao longo do tempo. Tornaram o sindicato numa
entidade obesa. Só tem tamanho e vaidade, mas, na prática, só ajuda as pessoas
que se revezam dentro da sua direção. Mandaram às bases se foderem, basta à
maioria da minoria sinterista para lhes dar toda proteção. Para que essas bases
se têm o “SISTEMA
DIRETIVO”? As ações, pretensões, as táticas, todos os eventos que
compõem o calendário de ações sindical deixaram de ser decididas onde a base
verdadeira trabalha: nas escolas para só depois serem aprovadas em Assembleia
Geral; essa patota prefere o inverso: eles decidem e o resto obedece!
5- Por fim, como parte desse show, como
parte desse show, meu amor... Esse bando consegue fazer a proeza de convencer
muitos, inúmeros babacas da categoria a acreditarem que as Sessões de
Descarrego durante as Assembleias; as Canções Carnavalescas do
Haroldo; as famosas Procissões e Romarias pelas
ruas da cidade conduzidas pelo Nereu Klozisnki; as Ladainhas do Dr.
Hélio e as Rezas, Orações e Mandingas conduzidas pelo o Manoelzinho ao
redor do Palácio Getúlio Vargas, da ALE e do CPA e os fervorosos Exorcismos da
oposição durante o evento tem o poder [psíquico talvez!] de fazer acontecer o
que dizem que querem que aconteçam no cartaz que faz publicidade desse evento,
distribuídos pelas escolas do Estado. Mas, coitados desses trouxas: de nada vai
valer para os seu séquito de sinteristas juramentados e demais
sindicalizados que participarem dessa tal “Greve Nacional-Estadual da Educação”
se esta direção não for apeada do poder pelo voto e uma nova liderança de fato
desenvolva uma política diferente e melhor do que essa que existe no momento.
Que faça política, não da omissão e dos conchavos; não nas ruas como se fosse
um show religioso e patético, mas da presença inteligente, astuta e eficaz
onde, de fato, as decisões são tomadas: nos bastidores da Assembleia
Legislativa, SEDUC e no Palácio Getúlio Vargas!
6- O foda, é que, a Categoria que diz
educar e que sabe ler, não ler e nem gosta dos que leem. A minoria supracitada
irá, infelizmente seguir a procissão; como rebanho será conduzido e comidos num
cozido por esses sindicalistas de profissão e palavras como estas serão levadas
pelo vento do deserto e no final do ano o dirigente sindical João Duarte, por
exemplo, irá assistia a Copa do Mundo no Recife com óculos escuros, sombrinha
de frevo e uma latinha de cerveja na mão, enquanto as Antas daqui amargam sua
solidão. Tomara que eu esteja errado, mas, não mudo minha opinião.
Referência:
1*PERNAMBUCANO DO RECIFE; HISTORIADOR, PROFESSOR,
GRADUADO EM 1997 EM HISTÓRIA PELA UNIR [UFRO], MAS LENCIONA HISTÓRIA,
SOCIOLOGIA, FILOSOFIA NA REDE PÚBLICA DE ENSINO DE RONDÔNIA DESDE 1990. UM DOS
AUTORES DO BLOG DO DESPROF. PEIXOTO, CUJO LINK É: http:/moisespeixoto.blogspot.com E
COLUNISTA DO NEWSRONDONIA, cujo link é: http://www.newsrondonia.com.br/
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