Lascou: A CASA CAIU! Áudio de Romero Jucá mostra que Impeachment de Dilma foi pacto para frear Lava Jato
Diálogos entre Jucá e empresário provam que o
impeachment foi motivado por um pacto entre PMDB, PSDB, STF e construtoras
para frear a Lava Jato
Kallil Oliveira
23.05.2016
Diálogos
gravados em março, véspera da votação do impeachment de Dilma Roussefff na
Câmara dos Deputados, o Ministro do Planejamento, Romero Jucá (PMDB), sugeriu
ao ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado um pacto nacional para derrubar a
presidenta Dilma e barrar a operação Lava Jato.
Foto: José Cruz/
Agência Brasil
Romero Jucá -
Ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão
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Como
mostra trecho do áudio, a solução seria colocar o então vice-presidente Michel
Temer na presidência. Eles ressaltam que faltava ainda o apoio do presidente do
Senado Renan Calheiros (PMDB) que "odiava" Michel Temer que,
segundo ele, era a mesma coisa que apoiar Eduardo Cunha e relutava em
aceitar o pacto.
As
conversas somam 1h15min e estão em poder da Procuradoria-Geral da República.
CONFIRA UM TRECHO
DA MATÉRIA DO BRASIL 247:
Machado
se mostrou preocupado com o envio do seu caso para a PF de Curitiba e chegou a
fazer ameaçadas: "Aí fodeu. Aí fodeu para todo mundo. Como montar uma
estrutura para evitar que eu 'desça'? Se eu 'descer'...".
O
atual ministro afirmou que seria necessária uma resposta política: "Se é
político, como é a política? Tem que resolver essa porra. Tem que mudar o
governo para estancar essa sangria", diz Jucá. Ele acrescentou que um
eventual governo Michel Temer deveria construir um pacto nacional "com o
Supremo, com tudo". Machado disse: "aí parava tudo".
Segundo
Jucá, "ministros do Supremo" teriam relacionado a saída de Dilma ao
fim das pressões da imprensa e de outros setores pela continuidade das
investigações da Lava Jato. O ministro do Planejamento afirmou que tem
"poucos caras ali [no STF]" ao quais não tem acesso e um deles seria
o ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no tribunal, a quem classificou
de "um cara fechado".
O
atual ministro concordou que o envio do processo para o juiz Sérgio Moro não
seria uma boa opção e o chamou de "uma 'Torre de Londres'", em
referência ao castelo da Inglaterra em que ocorreram torturas e execuções entre
os séculos 15 e 16. Segundo ele, os suspeitos eram enviados para lá "para
o cara confessar".
Na
conversa, eles dizem que o único empecilho no pacto era o presidente do Senado,
Renan Calheiros (PMDB-AL), porque odiaria Cunha. "Só Renan que está contra
essa porra. 'Porque não gosta do Michel, porque o Michel é Eduardo Cunha'.
Gente, esquece o Eduardo Cunha. O Eduardo Cunha está morto, porra", afirma
Jucá no diálogo, que foi gravado.
"O
Renan reage à solução do Michel. Porra, o Michel, é uma solução que a gente
pode, antes de resolver, negociar como é que vai ser. 'Michel, vem cá, é isso e
isso, isso, vai ser assim, as reformas são essas'", disse Jucá ao
ex-presidente da Transpetro.
O
advogado do ministro do Planejamento, Antonio Carlos de Almeida Castro, o
Kakay, afirmou que seu cliente "jamais pensaria em fazer qualquer
interferência" na Lava Jato e que as conversas não contêm ilegalidades
Fonte: http://www.kalliloliveira.com/#!A-CASA-CAIU-%C1udio-de-Romero-Juc%E1-mostra-que-Impeachment-de-Dilma-foi-pacto-para-frear-Lava-Jato/c193z/5742ec0a0cf23d79ac90aa94
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