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Mostrando postagens de julho 23, 2011

CHAME O LADRÃO!

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"Acorda amor Eu tive um pesadelo agora Sonhei que tinha gente lá fora Batendo no portão, que aflição Era a dura, numa muito escura viatura Minha nossa, santa criatura Chame, chame, chame lá Chame, chame o ladrão, chame o ladrão" A lvo preferencial das tesouras da ditadura militar, o sempre criativo Chico Buarque bolou em 1974 um estratagema para suas composições não serem obsessivamente dissecadas pelos censores, sempre à procura de pêlo em ovo: passou a enviá-las às  donas solanges  da vida com a assinatura inventada de Julinho da Adelaide . A artimanha deu tão certo que até uma entrevista do tal Julinho foi publicada na Última Hora , conforme se vê aqui . É óbvio que o segredo não duraria muito. Mas, permitiu que se tornassem bem conhecidas "Jorge Maravilha" ("E como já dizia Jorge Maravilha/ Prenhe de razão/ Mais vale uma filha na mão/ Do que dois pais voando") e "Acorda Amor". Esta última é uma limonada feita com o limão do pesadelo qu