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DOM PAULO EVARISTO ARNS, O PASTOR DE QUE SEU REBANHO CARECIA NUM TEMPO DE LOBOS: IMPRESCINDÍVEL!

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"Há homens que lutam um dia, e são bons; há outros que lutam um ano, e são melhores; há aqueles que lutam muitos anos, e são muito bons. Porém há os que lutam toda a vida, esses são os imprescindíveis." ( Bertolt   Brecht ) P ara os revolucionários que prezamos os direitos humanos, dom Paulo Evaristo Arns foi um daqueles  imprescindíveis  a que se referiu Brecht. Neste Brasil de ganância exacerbada e competição insana que o capitalismo globalizado engendrou, é fundamental, até para servir de antídoto, respeitarmos e exaltarmos exemplos como o que ele deixou. Quando o entrevistei longamente em 2003, dom Paulo já era um homem combalido, que caminhava com dificuldade e tinha problemas de audição — decorrentes, esclareceu-me, de ferimentos sofridos quando de uma tentativa de sequestro num país latino-americano (pretendiam obter, em troca, a liberdade de um chefão do narcotráfico). Tal entrevista permanece bem atual, daí eu estar reproduzindo aqui seus...

NÃO É NA PRAÇA DOS 3 PODERES NEM NA REPÚBLICA DE CURITIBA QUE O NOSSO CARNAVAL VAI CHEGAR

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Mal sabíamos quão insatisfatório seria o porvir Q uando o Carnaval Chegar  é a canção mais emblemática do período que vai da derrota da luta armada até a redemocratização do Brasil. Depois que a imensa superioridade de forças do inimigo condenou ao fracasso a heroica tentativa de sairmos da ditadura pela porta da frente, só nos restou mesmo a longa espera de que ela ruísse em decorrência de suas próprias contradições. Houve, claro, momentos fulgurantes como o do repúdio ao bárbaro assassinato de Vladimir Herzog em 1975, mas todos sabíamos que uma missa não expeliria os militares do poder que exerciam como usurpadores e déspotas. E existia a resistência cotidiana aos abusos e atrocidades, cujo símbolo mais marcante foram D. Paulo Evaristo Arns e sua abnegada equipe, o embrião do  Tortura Nunca Mais . Um marco: a missa de 7º dia de Vladimir Herzog. Mas, não estava em nossas mãos darmos um fim à ditadura. Sentíamos-nos exatamente co...