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Mostrando postagens de 2018

A ESCOLHA É ENTRE SEGUIRMOS VIVENDO, AINDA QUE DE FORMA INSATISFATÓRIA, OU MATARMOS UNS AOS OUTROS PELAS RUAS

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"O anseio meu nunca mais vai ser só Procura ser da forma mais precisa O que preciso for Pra convencer a toda gente Que no amor e só no amor Há de nascer o homem de amanhã" ( Geraldo Vandré,  Bonita ) A  decisão que estaremos tomando neste domingo (28) transcende ideologias. É uma opção entre seguirmos vivendo, ainda que de modo insatisfatório, ou nos matarmos uns aos outros pelas ruas. Temos, de um lado, o representante de um partido de esquerda que deixou de verdadeiramente lutar contra os poderosos desta sociedade, limitando-se a tentar ser por eles aceito como sócio minoritário. Não é, nem de longe, o governo que eu quero. Só que, do outro lado, está um amontoado de ferrabrases alucinados por imporem ao restante da sociedade, a ferro e fogo, seus valores e modo de ser, numa esquisita associação com os oportunistas de sempre e os piores fisiológicos do esgoto da política brasileira. Com o Fernando Haddad corremos o risco de voltar ao pacto dos e

OS MERITÍSSIMOS EM CIMA DO MURO E OS BRASILEIROS MARCHANDO PARA O ABISMO

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D eu numa coluna da grande imprensa muito bem informada sobre o que rola nos bastidores dos Poderes: " A repercussão da revelação de compra de mensagens em massa no WhatsApp contra Fernando Haddad dominou conversas de ministros do TSE, corte que lida com o caso.  O entendimento majoritário –inclusive o do corregedor, Jorge Mussi, responsável pela ação contra Jair Bolsonaro– foi o de que não caberia promover diligências extravagantes. A eleição não pode ter o curso alterado pelas mãos da Justiça, disse um magistrado. 'Não sob o calor dos fatos', concluiu.   Os integrantes do Tribunal Superior Eleitoral ponderaram que, a menos de dez dias do 2º turno, 'não é hora de criar marola'. Mussi decidiu na noite desta 6ª feira (19) citar Bolsonaro para que ele se manifeste sobre o assunto. E só. Para registro: o mesmo ministro que disse ser indesejável interferir no curso da eleição, afirmou que a investigação deve continuar correndo na corte. 'Lá na frente,

ALERTA VERMELHO: O QUADRO ELEITORAL SE TORNA AMEAÇADOR E EXIGE CORREÇÕES DRÁSTICAS NA CAMPANHA DE HADDAD

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A  desproporção entre o dano causado ao cidadão comum pelos ladrões de galinha da política e as atividades corriqueiras dos capitalistas é incomensurável. O capitalismo nos acarreta: emergências ecológicas como as alterações climáticas, que ameaçam a própria sobrevivência da nossa espécie; recessões desnecessárias;  a condenação de parcela considerável da humanidade a vegetar em condições subumanas; o desperdício criminoso do potencial ora existente para assegurar-se a cada habitante deste sofrido planeta o mínimo condizente com uma sobrevivência digna; a mobilização permanente dos homens para atividades improdutivas e desnecessárias ao invés da redução da jornada de trabalho para que todos possam desenvolver-se plenamente como seres humanos; etc. (muitos, muitos etcetera!). E, se quisermos ficar no confronto simplista de números, ainda assim o peso da corrupção política no orçamento de cada família continuará sendo uma fração ínfima do custo do capitalismo. Ap

O LEGADO DE LULA: UMA TERRA ARRASADA E UMA ESQUERDA MAIS ARRASADA AINDA.

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A  comédia dos erros terminou melancolicamente Sem surpresa nenhuma o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi declarado inelegível pela Justiça Eleitoral, pois é isto que determina a  Lei da Ficha Limpa .  Se sua condenação por corrupção e lavagem de dinheiro foi justa ou injusta, é algo a ser resolvido na esfera da Justiça Criminal, cujas decisões o Tribunal Superior Eleitoral não tem poder para questionar. Se sua exclusão do pleito deveria se dar após uma sentença de 2ª ou 3ª instância, é algo a ser resolvido pelo Supremo Tribunal Federal, cujas decisões o TSE não tem poder para questionar. O certo é que, desde 2010, a condenação em 2ª instância vem sendo considerada suficiente. E todas as decisões do TRF-4, do STJ e do STF foram no sentido de que nem a sentença do Lula seria cancelada, nem a inelegibilidade após a 2ª instância revista neste momento. O que vimos nesta 6ª feira (31) foi apenas a confirmação da derrota anunciada – e pelo acachapante placar de 6x1!

O RESCALDO DA TRAGÉDIA DA ARENA KAZAN

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S empre temos algo a aprender com o grande Tostão, que foi um dos heróis do tri e hoje é o melhor comentarista esportivo do Brasil. Sua coluna deste domingo, 8 (vide  aqui ) sintetiza otimamente o que foi a  tragédia da Arena Kazan : " O treinador Martínez usou a mesma formação tática do México, com quatro defensores, três no meio-campo e três mais adiantados (De Bruyne, pelo centro, e Lukaku e Hazard, um de cada lado). De Bruyne, livre, deitou e rolou. Por outro lado, a Bélgica marcou mal, já que os três mais adiantados não voltavam. A Bélgica correu riscos. Deixava Marcelo livre e colocava Lukaku em suas costas. Deu certo.   O Brasil também correu riscos. Deu errado. A seleção brasileira criou um grande número de chances de gol e só não marcou por erros de finalizações e pela atuação do goleiro Courtois. O perigo dessas eliminações são as conclusões tendenciosas, equivocadas e absurdas (...).  O Brasil foi eliminado por causa de erros individuais e coletivos, do ac

CHILE CONDENA 9 MATADORES DE VICTOR JARA. BRASIL NÃO ESTÁ NEM AÍ PARA OS ASSASSINOS DE VLADIMIR HERZOG

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Herzog, assassinado no DOI-Codi em outubro de 1975 D entre as centenas de cidadãos idealistas que, mesmo não tendo pegado em armas contra as ditaduras chilena e brasileira dos  anos de chumbo , foram por elas bestialmente assassinados, os mais conhecidos eram, respectivamente, o músico Victor Jara e o jornalista Vladimir Herzog.  Enquanto nove militares responsáveis pela execução do primeiro acabam de ser condenados exemplarmente pela Justiça de lá, os carrascos de Herzog continuam desfrutando a impunidade eterna que lhes foi concedida pelo Legislativo e o Judiciário daqui. Apesar da coragem e combatividade da viúva de Vladimir Herzog, as únicas vitórias de Clarice na Justiça brasileira foram conseguir em 1978 que a União fosse responsabilizada pela morte; e, em 2013, que se emitisse um novo atestado de óbito, com a  causa mortis  sendo alterada de "asfixia mecânica por enforcamento" para "lesões e maus tratos". Já a Corte Interamericana de Direitos Humanos