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Mostrando postagens com o rótulo DESPROFESSOR; Reflexão

Por que saí do PT por Rudá Ricci

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Mais uma vez, fui questionado sobre os motivos de ter saído do PT. Desta vez, respondi num comentário. Acho minha decisão irrelevante para o debate político. Contudo, várias pessoas pediram para postar aqui além da resposta num comentário. Vou quebrar minha regra. Ainda acho irrelevante, mas, quem sabe, ao menos entendam o que ocorreu. "Porque eu (como tantos outros) não dava importância à estrutura burocrática do partido. Estávamos na rua, discutindo conjuntura, organizando cursos de formação, articulando ações e campanhas (como a das Diretas Já e da Constituinte), discutindo reforma agrária (eu era coordenador da Associação Brasileira de Reforma Agrária e consultor da Comissão Pastoral da Terra). Não tínhamos tempo para firulas. Organizávamos em todos rincões e territórios não organizados. Atraímos militantes cristãos progressistas, lideranças de periferias, estudantes. Eu negociei a vinda de muitos vereadores do PMDB progressistas para o PT. Pois bem, na surdina, sem perc...

A Ressurreição. Por Rubem Alves

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“ O Luiz Fernando Veríssimo escreveu uma crônica hilariante sobre a Páscoa. Foi um diálogo absurdo entre um menino, seu pai e sua mãe, sobre o sentido dessa festa. A crônica termina com uma observação justíssima do menino. Disse ele: “Eu acho que ao invés de “coelho da Páscoa” deveria ser “galinha da Páscoa…” Pois é claro. Todo mundo sabe que coelhos não botam ovos. E todos sabem que galinhas botam ovos… Confesso minha ignorância: não sei como é que o coelho entrou nessa estória. Para início de conversa é preciso lembrar que os textos sagrados não fazem referência alguma a esse animalzinho fofo. Quem foi que teve a ideia de torná-lo o personagem mais importante dessa celebração cristã? Certamente um gozador. E para tornar a estória mais absurda, fizeram com que os coelhos, que não botam ovos, botassem ovos de chocolate… Nos tempos de Jesus Cristo havia chocolate? Acho que não. Galinhas não são seres poéticos. Na poesia elas sempre aparecem como bichos engraçados, cacarejant...

Devoção patológica. Por Ӧsvaldo Luis Ribeiro

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Devoção patológica Por Ӧsvaldo Luis Ribeiro Você percebe que a pessoa é doente, que a fé lhe cai como uma patologia, que sua mente é apenas escuridão e treva, quando você insiste em que ela pode continuar sua brincadeira de Jesus, mas que pare de falar mal de outros religiosos, de gays, e ela espuma, baba, estrila, fica cataléptica, porque, para ela, a fé é essa latrina e buraco de escoar merda... Para essa criatura perdida, só é legal brincar de Jesus se for para chamar outros religiosos de perdidos e gays de danados... Se ela tivesse nascido há cem anos, chamaria pretos de filhos de Cão, porque tudo que não presta é o que está no ventre dessa fiel... Por que raios não dá pra brincar de Jesus sem ferir pessoas?

Pastor Refém. Por Ӧsvaldo Luis Ribeiro

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Pastor Refém Por Ӧsvaldo Luis Ribeiro O que todo cristão, mesmo os bons e progressistas, que gostam de criar um conjunto para eles e outro para os maus, fundamentalistas, têm em comum com os terríveis testemunhas de Jeová? Explico. Os testemunhas de Jeová que estudaram a sério, já sabem que o nome da divindade não era Jeová, que Jeová é apenas o efeito fonético, sonoro, de se pôr as vogais de 'adonai no tetragrama. Ninguém sabe como se lê o tetragrama, mas todo mundo que estudou sabe que não é Jeová. Eles também. Mas como mudar agora, depois que o Espírito Santo (hahahahah) ensinou a cada alma? Com os cristãos dá a mesma coisa. Depois que estuda, aprende que deus é único coisa nenhuma: das duas uma, ou é nada, como todos os outros, uma invenção da cultura, sem realidade além da mente humana, ou é mais um, como todos os outros, ao lado de Exu. Pacha Mama, Manitu, Xangô... O cristãos que estudou sabe disse, mas como mudar tudo, depois que o mesmo brincalhão Espíri...

Eu sou muitos!

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Sei que curtir, compartilhar, comentar e até ficar em silêncio é se posicionar. O que não falta nas redes sociais é gente que leem e não se manifestam crente que assim agindo não estão tomando partido de ninguém. Lamento informar: estão se posicionando sim! Os silêncios têm muitas formas já dizia a professora Eni Puccinelli Orlandi no seu trabalho: Formas do silêncio [1997]. Não obstante, por causa das minhas curtidas, postagens, compartilhamentos e até dos meus silêncios há quem diga e jure de pé junto que eu sou um PETISTA e RADICAL. Ora, pois, até parece que o PT seja o único dono dos valores que defendo e acredito. Até parece que os que assim me julgam não compartilhem um ou outro desses mesmos valores. Muitos gostam do que eu gosto, muitos acreditam no que acreditam e muitos sonham o que eu sonho. Por isso eu sou muitos, inclusive nos meus erros. Não posso negar que votei no PT, mais somente isso me faz um petista? E um Radical? Eu nunca fui filiado a partido formal alg...

Seremos o Renan Calheiros de amanhã?

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O efeito Orloff das injustiças e demais maldades praticadas hoje pelo governo golpista, pelo parlamento de maioria corrupta e pelo STF. DesProf.Peixoto Nos anos de 1980 do século passado, existia um anúncio, uma propaganda comercial de uma vodca chamada Orloff que pode servir de alegoria do destino da maioria dos brasileiros se esta maioria não reagir com força e inteligência ao que o chamado Congresso Nacional, Presidência da República e STF, superior tribunal federal está fazendo hoje. O referido comercial mostrava um sujeito bem vestido e penteado que olhava para o espelho antes de sair de casa, à noite, e se via com cara de ressaca, olheiras enormes, um horror. Este sujeito então perguntava à imagem quem ela era, e ela respondia: “Eu sou você, amanhã”. A propaganda da vodca Orloff, pretendia convencer as pessoas que, se a tomassem hoje, evitariam aquela triste e horripilante figura amanhã. Ficou tão famoso, que cunhou o chamado “Efeito Orloff” que, no atual momento d...

Desprof.Peixoto: Temas que nenhum dos candidatos a prefeito de Porto Velho se importou em explicar ainda.

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*DesProf.Peixoto. Na reta final do segundo turno das eleições municipais, nenhum dos dois candidatos a prefeito de Porto Velho que passaram para o segundo turno ainda não saíram das frases feitas, de efeito, genéricas e só cheias de boas intenções, porém vagas intenções. Os seguimentos da população, em especial, as mais excluídas desta cidade ainda não sabem o que ambos os candidatos pretendem de fato fazer de concreto para: 1º- Ouvir o povo? Por meio do fortalecimento de suas associações de bairros e da participação do prefeito em suas assembleias a fim de ouvir diretamente da população suas demandas e propostas de solução, bem como tornar efetivo, o orçamento participativo. Se no bairro não tem associação, a prefeitura estimula, ensina e ajuda [eu disse ajuda] na sua formação. O importante é que a prefeitura reconheça, respeite e envolva as pessoas por este mecanismo a serem responsáveis pelos seus destinos. Se a associação não tem sede, utiliza-se o espaço da escola mu...

Sonhos Vandalizados

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DesProf.Peixoto — Como foi curta sua luta e vã sua euforia senhores professores grevistas! — Malditos sejam os oportunistas sindicalistas filhos de uma cut, de ego inflado pela força sindical de ideias falidos, estratégias já manjadas e de gestos teatrais vazios de sentidos. Manipuladores sagazes que vampirizam seguidores que pecam por crerem serem inteligentes demais. — Não importa o locus de vossa suposta luta. Tanto faz se é em Pernambuco, Rondônia, São Paulo, Paraná ou em qualquer rua: o resultado tem sempre sido o mesmo em qualquer lugar: dor, sofrimento, decepção e perca de tempo, sem falar dos papeis ridículos que tiveram de passar. — Ridículas procissões, por ponte, ruas ou estações. Resultado: balas de borracha no lombo, gás lacrimogênio até se lascar. Quando não fizer papel de besta pelo próprio companheiro que em nome de qualquer sindicato a fé, a força, a emoção, a confiança, o companheirismo, a lealdade, a razão esses cabras safados lhes tirar. — A dor que ...

Sem porque comemorar...

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1. Escrevo agora sentindo dores na altura do meu ombro esquerdo. Como se estivesse recebendo uma paulada nele de maneira intermitente. Esta dor veio somar as que já ganhei ao longo dos meus 47 anos que completarei as 16 horas do dia 01 de julho. Pois é, né? Quem me mandou podar o pé de manga espada do quintal sozinho, me apoiar de forma errada, sem nenhuma amarra de segurança e cair de uma altura de quase 3 metros, logo após o galho que cortei cair após a base dele voltar a posição original movendo a escada, me fazendo desiquilibrar e cair no chão como um fruta pão inchado? Neste dia pensei ter quebrado meu braço, mas não. Consegui me levantar bastante arranhado, tomar um banho, suportar o ardor que a água provocava em contato com meu corpo amolecido da queda, pedi ajuda para um amigo diretor de escola e fui levado para o Hospital Central onde, simplesmente me deram um soro, tiraram umas chapas e que um médico se limitou a me dizer, correndo, no fim do seu expediente que não queb...

O dia em que desfiz 46 anos à moda do Rubem Alves

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Uma simples paráfrase... MINHA FORMAÇÃO histórica impõe-me o uso preciso das palavras porque as palavras devem revelar o ser. E é assim, usando de forma precisa as palavras, comunico aos meus leitores que hoje, dia 01 de julho, eu desfiz 46 anos... Haverá leitores que se apressarão a corrigir meu uso estranho, nunca visto, da palavra "desfazer", atribuindo-o, quem sabe, a um indício de um futuro mal de Alzheimer. Será? Todo mundo sabe que, para se anunciar um aniversário, o certo é dizer "fiz" tantos anos. No meu caso, "fiz" 46 anos... Mas o verbo "fazer" sugere algo que aumenta; um crescimento do ser, o amadurecimento: o artista e o artesão "fazem"... Mas, que ser aumenta com a passagem do tempo, esse monstro que devora os seus filhos e a se mesmo? O que aumenta é o vazio, a solidão. Profundo deserto toma conta da minha mente. Esses anos que o aniversariante distraído anuncia como anos que ele fez são, precisamente, os an...