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Mostrando postagens de abril, 2015

O "FENÔMENO LULA" É UM HÍBRIDO DE MOLUSCO COM CAMALEÃO...

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Eles também se camuflam bem em ambientes vermelhos " Diferentes espécies de camaleão são capazes de variar a sua coloração e padrão por meio de combinações de rosa, azul, vermelho, laranja, verde, preto, marrom, azul claro, amarelo, turquesa e púrpura. A mudança de cor nos camaleões tem funções na sinalização social e em reações a temperatura e outras condições, bem como em camuflagem." (Wikipedia ) O  poeta Ferreira Gullar analisou o  fenômeno Lula  num  artigo  que deverá provocar muita irritação nas hostes petistas. Recomendo que todos o leiam e reflitam sobre ele. Boa parte (há alguns exageros dos quais discordo) poderia ter sido escrita por mim. Contemporâneo da ascensão de Lula, sempre o vi como um pragmático que utilizava bandeiras ideológicas como meio para atingir seus fins, nunca as tendo verdadeiramente encarado como fins em si. Um camaleão, portanto. Não corroborarei as acusações que amiúde ouvi, de parceria com as montadoras ou conluio com o Gover

Michel Zaidan Filho: Especial Reforma Política: Da antologia política negativa à agenda das reformas

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Michel Zaidan Filho é filósofo, historiador, cientista político, professor da UFPE e coordenador do Núcleo de Estudos Eleitorais, Partidários e da Democracia - NEEPD-UFPE. A palavra de ordem do momento é a reforma política. Tema sobre o qual todo mundo parece estar de acordo, mas sobre o que não há o menor consenso em como fazê-la. Cada um tem uma proposta diferente sobre o conteúdo dessas reformas. E há quem também discorde da maneira como deve ser encaminhada: Constituinte exclusiva ou uma reforma congressual? – Seria possível uma Assembleia especificamente eleita para cuidar do assunto, ou toda Constituinte é plenipotenciária para mudar a Constituição? – Não é tarefa fácil fazer esta reforma. Pois se trata da sobrevivência dos próprios atores políticos brasileiros, dos partidos, dos candidatos, do Poder Executivo, os parlamentares etc. E cortar na própria carne não é exatamente o que costumam fazer os nobres deputados. Não se deve fazer uma reforma política “à la carte”, pen

Escolas de Tempo Integral: simulacro de simulacro

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Quando o tempo de permanência do aluno em sala de aula foi aprovado pelos políticos e os mesmos políticos inventaram de implementar no formato de escola de tempo integrais arrumaram os mais lindos argumentos de todos os tipos para justificar sua instituição. Só não disseram ao povo que seu objetivo verdadeiro foi manter crianças e adolescentes sob a tutela estatal, sob controle, como se fosse, na prática, uma prisão semiaberta, uma grande creche aos cuidados de professores e demais servidores públicos fodidos e mal pagos. Que, no fundo no fundo, o plano é fazer dessas escolas objeto do marketing político, marketing inclusive que foi utilizado pelo atual governador durante sua campanha eleitoral para a reeleição. Isso mesmo. Quando esta escola é alardeada na imprensa paga pelo próprio Estado, a intenção é vender um genérico educacional, um simulacro. Pior: simulacro de outro simulacro! Pode até haver prédios bonitos, mas que não passam de túmulos caiados! Existem para enganar. P

O SONHO DOS RATOS, por Rubem Alves

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O SONHO DOS RATOS, por Rubem Alves Era uma vez um bando de ratos que vivia no buraco do assoalho de uma casa velha. Havia ratos de todos os tipos: grandes e pequenos, pretos e brancos, velhos e jovens, fortes e fracos, da roça e da cidade. Mas ninguém ligava para as diferenças, porque todos estavam irmanados em torno de um sonho comum: um queijo enorme, amarelo, cheiroso, bem pertinho dos seus narizes. Comer o queijo seria a suprema felicidade…Bem pertinho é modo de dizer. Na verdade, o queijo estava imensamente longe porque entre ele e os ratos estava um gato… O gato era malvado, tinha dentes afiados e não dormia nunca. Por vezes fingia dormir. Mas bastava que um ratinho mais corajoso se aventurasse para fora do buraco para que o gato desse um pulo e, era uma vez um ratinho…Os ratos odiavam o gato. Quanto mais o odiavam mais irmãos se sentiam. O ódio a um inimigo comum os tornava cúmplices de um mesmo desejo: queriam que o gato morresse ou sonhavam com um cachorro…

Não há ninguém no texto - NINGUÉM - além do escritor.

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Osvaldo Luiz Ribeiro 7 h · Editado · O equívoco de quem insiste em transformar a exegese em "busca pela memória", em "pesquisa pelas relações orais" é que, no fundo, ainda se trata o texto como os velhos fundamentalistas... Os fundamentalistas levam a sério a narrativa, a história contata: o dilúvio, as muralhas de Jericó, a mulher de sal e coisas do gênero. Eles ainda estão vidrados nos personagens. Eles só conseguem pensar nos personagens... Será que eles não sabem que não há personagens de verdade? Será que eles não sabem que cada personagem tem uma e uma única alma? Será que eles não sabem que, se Jesus escreve na areia, é porque o escritor mandou? Que, se Jesus fala, é o escritor que fala, se Jesus cala, é o escritor que cala? Cada vez que um personagem da Bíblia fez um gesto, é a mão do escritor que controla esse gesto. Cada vez que um personagem levanta a mão, o pé, a cabeça, é o escritor quem o move... Não há ninguém no texto - NINGUÉM - além d

Deus é um déspota

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Osvaldo Luiz Ribeiro 8 h · A despeito da auréola que o Papa, os padres, os pastores, a Teologia e os teólogos põem na cabeça de Deus - sim, do deus cristão, incensando-o com retóricas de amor aqui, amor ali, Deus é um déspota. Não há absolutamente nada de democrático nele e seu amor vale apenas para aqueles que se curvam, obedientes e de boca calada. Não se curvam, pau no lombo. Não se curvou até o fim, inferno. Há quem ande a querer tirar o inferno, mas não vai ver o teólogo que quer tirar o inferno tirando a necessidade de curvar-se... Por que Deus é um déspota? Essa é fácil: porque foi criado por déspotas em uma época de déspotas. Não há nada que se possa fazer a respeito. Só inventando outro.

Novo Testamento é história "oficial"

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Osvaldo Luiz Ribeiro Para quem tem boa vontade, espírito crítico, curiosidade, apenas um fato - dentre tantos! - serviria para deixar claro que a história do Novo Testamento é história "oficial", como a história do "descobrimento do Brasil". Na verdade, há mais verdade na versão do "descobrimento" do Brasil do que na versão da história de Jesus no Novo Testamento. A tradição mais antiga que se pode recuperar - e nem por isso é historiográfica, senhores! - sobre as testemunhas da "ressurreição" de Jesus dá conta de que foram as mulheres. Depois, as mulheres dão lugar a Pedro. Depois, acrescenta-se João. E as mulheres praticamente somem... É mais uma história de encobrimento do que de descobrimento. Não vejo razão para não se encararem os fatos. Basta ter amor incondicional pela verdade... Mas, se o sujeito acha que a verdade é a doutrina, que, por sua vez, construiu-se sobre essa série política e programática de encobrimento

DILMA CONTINUA SENDO ESPIONADA PELOS EUA - UM DESABAFO!

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Por Celso Lungaretti A companhando atentamente o noticiário político desde os meus 18 anos de idade, ainda me surpreendo com a forma desavergonhada como os poderosos manipulam a opinião pública nestes tristes trópicos. Quando o  Fantástico  revelou que a presidenta Dilma Rousseff estava sendo espionada pelos EUA em 2013, houve todo aquele alvoroço e ela, para simular uma independência da qual o PT abdicara desde o infame pacto com o capital firmado em 2002 ("deixe-me fingir que exerço o poder político e eu nada farei que desagrade ao poder econômico"), foi chorar as pitangas na ONU, o muro de lamentações ao qual recorrem os impotentes famosos da política. A delegação dos EUA, em evidente atitude de deboche, não deixou ninguém de alto escalão para escutar a arenga da Dilma. Mas, tal ridicularia foi vendida ao povo brasileiro como um digno desagravo. Me engana que eu gosto.  Há dois meses,  The New York Times  confirmou que, como era de se esperar, a Dilma