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Mostrando postagens de agosto, 2011

MINISTRA MARIA DO ROSÁRIO REPUDIA ELOGIOS DA ROTA À DITADURA

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A ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosario, ficou indignada ao tomar conhecimento da retórica ditatorial adotada no site do 1º Batalhão de Choque da Polícia Militar (Rota), abrigado no Portal do Governo de São Paulo: " Eu me senti aviltada por isso, uma página oficial de um governo estadual, no período democrático, que faz uma homenagem à deposição de um presidente legitimamente eleito [João Goulart]. Tenho certeza de que o governador Geraldo Alckmin vai tomar as providências que se impõem " . Segundo ela, trata-se de "uma estrutura do Estado de São Paulo, não se pode comemorar o golpe, não se pode comemorar a violação do estado democrático de direito, sob pena de se plantar novas violações". Maria do Rosário prometeu discutir o assunto pessoalmente com Alckmin. A Rota também se ufana do papel por ela desempanhado na perseguição aos resistentes que pegaram em armas contra a ditadura e o terrorismo de estado implantados pelo golpe militar de 1964. Venho que

SINTERO E SINTERO-SAÚDE: ABORTEIROS DO PRÓPRIO FUTURO

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As contradições do grupo “SINTERO SOMOS NÓS” já chegou ao extremo do limite do absurdo: rejeitam futuros associados! 1- É isso mesmo? Será que são tão convencidos que continuam fazendo e desfazendo do patrimônio dos trabalhadores em educação sem temerem possíveis conseqüências? Ou já beiraram a loucura de uma vez por todas? Perderam o senso? Não tomam tento mais não? Pois, além dos anos gastando dinheiro sem um retorno proporcional para a categoria; sem ganhos reais efetivos que faça os associados terem, pelo o menos, um padrão de qualidade de vida parecido com a do alto clero que encabeça esta teimosa direção, ainda acreditam que podem dar-se ao luxo de dispensarem novas filiações? 2- Não, minha gente. Não que esse grupo não esteja fazendo alguma coisa. Eles fazem alguma coisa sim: o suficiente para se perpetuem no poder dentro dessa instituição. E mais nada. Para que inovar? Para que usar a criatividade? Até porque esse pessoal odeia pessoas cri

GRANDE DOUTOR: LEVANTA, SACODE A POEIRA E DÁ A VOLTA POR CIMA!

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No palanque das diretas, anunciado por Osmar Santos Ó tima notícia deste domingo é a alta de Socrates Brasileiro. Parafraseando a inesquecível frase com que George Foreman esquivou-se de comparar os geniais Muhammad Ali e Joe Louis ("Não sei dizer se Ali foi o maior peso-pesado de todos os tempos, mas, sem dúvida, foi o melhor cidadão que já lutou boxe"), eu diria que o doutor foi o melhor cidadão que já se tornou grande futebolista. Antes dele, os craques eram quase todos vaquinhas de presépio dos cartolas -- vis parasitas que vicejam à sombra das chuteiras imortais, para, da arte dos boleiros, extraírem grana, prestígio e poder. Mesmo os que tinham espírito mais crítico e independente, evitavam dizer o que realmente pensavam da engrenagem mafiosa do futebol. Afonsinho, rara exceção, não teve a carreira que seu talento prefigurava, exatamente por haver ousado trombetear a nudez do rei. O que Sócrates conseguiu foi impressionante: não só venceu como jogador (apesar

O AMARGOR E A ESPERANÇA

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J ornal publica , com o apoio de um vídeo, que policiais deixaram bandidos agonizantes sem socorro, mandando-os estrebucharem de uma vez. Os leitores, em expressiva maioria, aplaudem os policiais e criticam o jornal (extremamente criticável por outros motivos, mas certo desta vez). Militar toma o poder num país árabe e impõe uma tirania pessoal, com tinturas anticolonialistas para dourarem a pílula. No entanto, o arbítrio, as torturas e assassinatos de opositores eram os mesmíssimos dos regimes de gorilas latino-americanos como Pinochet. Muitos esquerdistas brasileiros tomam as dores do tirano, lamentando sua derrubada porque os revoltosos têm apoios discutíveis... embora seja indiscutível que o povo queria mesmo é ver-se livre do clã que o oprimia há 42 anos, enquanto seus membros ostentavam repulsivos privilégios de nababos. No fundo, são dois exemplos de um mesmo comportamento: pessoas que abdicam de serem boas, justas, nobres e dignas. Preferem ser amargas, más, rancorosas

REDUÇÃO DAS REN’S: UMA ÓTIMA IDEIA!

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Prof. Diogo Tobias Filho* "Pensar é fácil. Agir é difícil - e agir conforme pensamos, mais difícil ainda." Goethe Confúcio Moura, após um início in medio virtus no timão estatal fez escolhas equivocadas para SEDUC. A insistência em repetir mesmices típicas dos governos anteriores, como recadastramento de servidores e o funcionamento feijão-com-arroz das unidades escolares deixou o céu das expectativas nublado. Mas, finalmente aparece sinais auspiciosos de algo diferente nos ares da educação. A decisão de reduzir as REN’s, ao contrário do que se supõe, é um alívio para os cofres da Viúva, uma esperança para aumentar o combalido quadro funcional e docente das escolas e, poderá ser considerada o fim de uma era marcada pelo apadrinhamento político no preenchimento dos inumeráveis cargos predispostos nestas repartições espalhadas pelo Estado e custeadas pela dinheirama de impostos. Mas, como já era de se esperar, muita gente

CONFÚCIO, O Governador de Rondônia extingue várias "Representação" de "ensino".

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Se livrar de algumas "representação" de "ensino" já é um bom começo. Rondônia/Ruindônia-Brasil O governador Confúcio Moura decretou neste último dia 16 a desativação de 22 Representações de Ensino no Estado de Rondônia. Não é, na minha humilde opinião, nenhuma aÇÃO, um grande feito. Porque, caso não seja reeleito, o próximo governante pode desfazer o que ele fez. Não obstante, devemos reconhecer que já é alguma coisa. De certo modo, acabou com a mamata de muitos colegas metidos a esperto que fizeram e ainda fazem concurso para ser professor, mas se lotava e ainda se lotam, com ajuda de padrinhos políticos, a maioria dos Deputas Estaduais, nas "representações" de "ensino". Os próprios Deputas da ALE/RO podem, se acreditarem que irão perder muitos votos com isso, mudar lá na frente. Mas, extinguir RENs está muito longe do que precisa ser feito para que o tal do IDEB seja excitado e fique prá cima como um eno

Para os Ossos de meus ossos e a Carne de minha carne...

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Minha Varoa (em hebraico : ishá ) , faço minha as palavras do grande Rubem Alves que as dedico para ti que se encontras, no momento, distante. Bem perto de consolidar uma grande e importante conquista pessoal. Algo que você jamais ficarás devendo a ninguém, porque foi mérito exclusivamente seu e de mais ninguém [repito]. Espero que possas saborear bem devagarzinho junto com este fragmento que trata da saudade, logo abaixo... “ Saudade eu tenho, é muita. Toda poesia tem uma pitada de saudade. Saudade é a presença de um ausência. Na saudade a alma deseja voltar a um momento de felicidade. Todo mundo que teve uma vida emocionalmente rica tem saudade. Quanto mais rica, mais saudade. Definiu bem o Chico: “Saudade é o revés do parto. É arrumar o quarto para o filho que já morreu.” O filho morto pode ser um filho morto, um por-de-sol, um momento de ternura, um perfume, um jardim. Quanto mais rica foi a vida, tanto maior é a saudade. Bem disse o Manoel de Barros:

Tião Serraia, o “Tio Chico” de Rolim de Moura: o jardineiro macabro do “progresso”.

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 “Se, no teu centro um Paraíso não puderes encontrar, não existe chance alguma de, algum dia, nele entrar” Angelus Silésius, místico medieval 1. Para quem vem da cidade de Novo Horizonte sentido centro da cidade de Rolim de Moura, em Rondônia, é obrigado a subir uma íngreme e extensa ladeira, geralmente debaixo d’um sol quente da moléstia dos cachorros, durante o demorado verão amazônico. Essa ladeira é parte do que os moradores paridos aqui chamam de Avenida 25 de Agosto. Como resido próximo as suas margens, no que os moradores já citados aqui chamam de “linha” [eufemismo para o termo “periferia da roça”], sou obrigado a subi-la sempre, diariamente, em direção a escola onde tenho que trabalhar. Durante essa sofrida subida, costumo sempre descansar nas sombras das poucas árvores que foram plantadas num trecho no seu canteiro central.   2. Essas poucas árvores plantadas são muito generosas. Brindam-nos sempre com p

QUEM TEM OLHOS NA NUCA NÃO VÊ A PRIMAVERA CHEGANDO

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C ada vez que apresento análises alternativas aos clichês esquerdistas dominantes, recebo uma enxurrada de críticas de certos companheiros, como se fosse um herege contestando mandamentos divinos... O marxismo nem sequer existiria se o velho barbudo não tivesse ousado lançar sua visão alternativa aos clichês anarquistas dominantes. Mas, o vezo autoritário enraizou-se de tal forma na esquerda durante o pesadelo stalinista que nunca mais conseguimos nos livrar dele por completo. Daí a facilidade com que o inimigo afasta de nós os cidadãos dotados de espírito crítico: ao defendermos com tanto ardor regimes execráveis e execrados como o de Gaddafi, damos todos os pretextos para sua máquina de propaganda trombetear que nosso objetivo último seria estabelecer tiranias. E a indústria cultural deita e rola em cima de nós. Comigo não, violão. A despeito de quaisquer pressões dos que encaram o futuro com a nuca, continuarei tentando discernir o que está à frente e oferecer melhores opções ao

FIM DE UMA TIRANIA

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Tripoli em festa: contra imagens não há argumentos N o jogo de xadrez, as peças menores são sacrificadas em nome da vitória final. É comum a partida acabar sem que reste um peão sequer no tabuleiro. Na vida, isto é inconcebível e inaceitável. Se não priorizarmos a existência humana como valor supremo, propiciaremos o advento da barbárie. Para os revolucionários, mais ainda. Existimos para defender os peões, não os reis ameaçados. Então, é simplesmente grotesco e indefensável o alinhamento de qualquer esquerdista com déspotas como o que está sendo derrubado na Líbia e o que precisa ser derrubado na Síria. Devemos, sim, fazer tudo que pudermos para evitar que sejam substituídos por outros tiranos e/ou joguetes dos EUA e de Israel. Pode um revolucionário identificar-se com ISTO ?! Mas, estendermo-lhes as mãos significa trairmos nossa missão, conforme foi brilhantemente enunciada por Marx. Cabe-nos conduzir a humanidade a um estágio superior de civilização, sentenciou, c

30 ANOS SEM GLAUBER ROCHA, GLADIADOR DEFUNTO MAS INTACTO

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N esta 2ª feira (22) se completam 30 anos da morte do baiano Glauber Rocha, o maior cineasta brasileiro de todos os tempos. Tudo nele era trepidante, tempestuoso. Depois de realizar um filme apenas promissor sobre misticismo e consciência social ( Barravento , 1962), deu um salto incrível de qualidade em apenas um ano, obtendo consagração instantânea com Deus e o Diabo na Terra do Sol , parábola delirante sobre cangaceiros e fanáticos. O espanto e a admiração foram tão intensos que poucos críticos perceberam se tratar de um filme um tanto desequilibrado: a primeira parte, em que o casal de camponeses  Manoel  (Geraldo Del Rey) e  Rosa  (Yoná Magalhães) ingressa no rebanho do   Santo Sebastião (ersatz de Antônio Conselheiro) é muito inferior à segunda, a da passagem de ambos pelo cangaço. E não só porque o ótimo Othon Bastos deu um banho de interpretação como  Corisco , enquanto Lídio Santos ( Sebastião ) era amadoresco e tinha carisma zero. Aliás, o  Corisco   glauberiano foi

As palavras...

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 As palavras são objetos plasmáveis, ideoplásticos, musicais. Apalpadas, moldam figuras; Sopradas, produzem voz; Atritadas, soltam centelhas, chamas incendiárias. O artista, em seu ofício, debruça-se sobre elas: desmonta-as, reinventa-as, dá-lhes novo ser. Busca, como o pintor materista, esmagá-las sobre o suporte. Joga-as umas contra as outras. Seu intento? Que elas centelhem. Que tragam de dentro sua luz. E que essa luz alargue os limites da realidade. Que nos façam adentrar a instância da Arte. Num mundo absoluto. Na Poesia. Fonte: Carlos Pequeno do Espírito Santo, in Eu-lírico nº 7 - zine-colagem - 1997 

JERÔNIMO SANTANA:"... Em Rondônia ninguém ler nada!"

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1- Será uma verdade isso que o atual Deputado Federal pelo PPS disse ao primeiro governador eleito do Estado de Rondônia? A quem ele se referia quando disse isso? As “autoridades” locais? Os donos do poder local? A "gente de opinião" desse lugar? Ou será que ele se referia aos professores da rede pública de ensino? A maioria desses, coitados, nem sequer tem tempo para ler um gibi, imagina dinheiro para gastar com literatura? Muitos têm até horror a leitura: preferem e acha mais fácil mandar seus alunos lerem que eles mesmos darem o exemplo ou se darem a esse “suplício”. Neste caso, a leitura é mais usada como forma de punição que fruição. É uma pena: eles jamais conheceram Roland Barthes, jamais leram: “O prazer do texto”. 2- O recorte do texto acima afirma taxativamente: "NINGUÉM"! Pelo os menos os que acreditam saberem ler alguma coisa: bula de remédio, receita de bolo, outdoors, mensagens, e-mails curtos, SMS e revista pl