UM IRMÃO E COMPANHEIRO NO BOM COMBATE: LUÍS ALBERTO DE ABREU
Luís Alberto de Abreu é como um irmão para mim. Conhecemo-nos lá por 1971, quando, ainda traumatizado pela prisão, tortura e adiamento sine die das minhas perspectivas de ver concretizada uma sociedade igualitária e justa, eu tentava me reencontrar com a vida, de repente tornada tão cinzenta. Nem me lembro mais como se deu o primeiro contato, provavelmente graças a nosso amigo comum Douglas Salgado. Mas, logo estávamos nos falando e visitando. Ele morava em São Bernardo do Campo e ainda não decolara. Assisti à última peça do grupo de que o Luís participava, Doces e Salgados , encenada no belo teatro daquele município: Tempo dos Inocentes, Tempo dos Culpados . Era um timaço: ele, a Rosi Campos, o Ednaldo Freire, o Calixto de Inhamuns. Não me lembro se também a Jussara Freire, a atraente esposa do Ednaldo, que acabaria se destacando na TV e nas pornochanchadas soft paulistas . Era uma peça (creio que criação coletiva) na linha do Arena , de Brecht, do teatro ...