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Mostrando postagens com o rótulo Paulo Malhães

MINO CARTA SE VÊ COMO DEUS REVELANDO A VERDADE SAGRADA. E O RESTO DO MUNDO O VÊ COMO NAPOLEÃO DE HOSPÍCIO.

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I ncorrigível, Mino Carta volta a engrossar o lobby italo-brasileiro na caça a Cesare Battisti, em  besteirol    publicado na  Carta Capital  e reproduzido pela  Folha de S. Paulo , com o evidente objetivo de influenciar a decisão que a 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal tomará amanhã (24), ou salvando o escritor da tramoia eivada de ilegalidades com que se pretende entregá-lo à vendeta italiana ou repetindo a ignóbil decisão adotada em 1936, quando autorizou a extradição de Olga Benário para a Alemanha nazista. Quando li o texto do Mino, tão rancoroso quanto inconsistente, pensei até em refutá-lo ponto por ponto. Mas, isto caberia caso houvesse algo a refutar. Não há nada.  É uma narrativa que não se sustenta em evidência nenhuma, testemunha nenhuma, comprovação nenhuma, citação nenhuma. Apenas na megalomania desmedida de um indivíduo que pensa ser tão superior aos comuns mortais a ponto de apenas  dar a público o que, no seu entender,...

A COMISSÃO DA VERDADE PROPÕE UMA SOMA CUJO RESULTADO SERÁ ZERO

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Por Celso Lungaretti A  Comissão Nacional da Verdade entregará seu relatório final depois de amanhã (4ª feira, 10). Segundo apuraram os repórteres Lucas Ferraz e João Carlos Magalhães, em notícia publicada apenas no site da  Folha de S. Paulo  (vide íntegra  aqui ), dele constará o nome de aproximadamente 300 agentes do Estado responsáveis por assassinatos, torturas, estupros, ocultação de cadáveres e outras barbaridades perpetrados pela ditadura militar. Já a conselheira Rosa Cardoso da Cunha fala em "quase 380", incluindo todos os ditadores que usaram a faixa presidencial. Os ainda vivos devem girar em torno de uma centena. Suponho que o relatório cumpra sua finalidade de deixar registrado para a posteridade quem violentou as leis e normas da vida civilizada durante aqueles anos medonhos. Era o mínimo que a CNV tinha obrigação de nos entregar. Resta verificarmos o quanto acrescentou ao que já se sabia graças a outras iniciativas (desde o extraord...

MILITARES GARANTEM: DOI-CODI's ERAM COLÔNIAS DE FÉRIAS PARA JOVENS IDEALISTAS.

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Por Celso Lungaretti ...e também segundo as FFAA. O  jornal eletrônico  Congresso em Foco  publica um longo e meticuloso artigo do jornalista Luiz Cláudio Cunha (vide  aqui ), pulverizando o infame relatório de 455 páginas com que as Forças Armadas, respondendo à Comissão Nacional da Verdade, sustentaram não terem sido responsáveis por torturas, assassinatos, estupros, ocultação de cadáveres e outras abominações durante os anos de chumbo. Puxa vida, e eu que pensei estar quase surdo de um ouvido! Acreditei piamente na palavra dos três otorrinos que me operaram e de outros mais que consultei nas últimas quatro décadas, nas dezenas de audiometrias que fiz, na minha lembrança (ilusória?) de haver levado um tapão na lateral do rosto, aplicado pelo descomunal cabo Marco Antônio Povorelli, da PE da Vila Militar (RJ), com seus 140 quilos de banha e maldade.  E era tudo falso! Meu tímpano nunca foi rompido, não existiam torturas, os fardados, na verdade, ...

AS NOVAS FRENTES DA LUTA DOS SANTOS GUERREIROS PARA QUE OS DRAGÕES DA MALDADE SEJAM PUNIDOS

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Por Celso Lungaretti São Jorge/Zumbi mata o dragão/latifundiário no filme de Glauber Rocha A  impunidade eterna dos torturadores da ditadura militar e seus mandantes foi acordada em pleno regime de exceção.  De um lado estavam os algozes, utilizando a libertação dos presos políticos e a permissão de volta dos exilados como moeda de troca para munirem-se de uma espécie de habeas corpus preventivo, pois sabiam ter cometido os mais hediondos crimes contra a humanidade.  Do outro as vítimas, representadas por uma oposição intimidada e que, ansiosa por virar uma página terrível da nossa História, não mediu o alcance das concessões feitas à tirania.  Selou-se o pacto num Congresso que várias vezes fora fechado e expurgado, tendo, ademais, a representação popular sido falseada por um verdadeiro arsenal de casuísmos.  É óbvio que um mostrengo político-jurídico desses violenta os preceitos legais das nações civilizadas e contraria as ori...

COMO UM ANTIGO TORTURADOR COMETERIA O CRIME PERFEITO

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Por Celso Lungaretti V amos supor que um torturador de outrora quisesse eliminar dois dos seus congêneres, de tal forma que o assassinato não viesse a ser imputado nem a ele, nem a outros veteranos da repressão ditatorial. Um dos alvos, porque estava próximo da morte e mantinha um minucioso arquivo sobre agentes do Estado que cometeram crimes contra a humanidade, como os cometeram, quem foram suas vítimas, que fim tiveram os respectivos restos mortais, etc. Sabia-se lá quem ficaria com tal arquivo quando ocorresse sua morte natural e qual o destino que a ele daria. Daí a conveniência de antecipar o desfecho, para o poder administrar convenientemente, só permitindo que viessem a público informações tornadas inócuas pelo passar das décadas. Outro, porque dera com a língua nos dentes num palco iluminado e, mesmo que não voltasse a fazê-lo (deixara de identificar comparsas vivos, mas poderia mudar de ideia), constituía-se num péssimo exemplo. Quantos  pés na cova  co...

"ENQUANTO MALHÃES LANÇAVA CORPOS EM RIOS, MINO CARTA BATIA BUMBO PARA MÉDICI"

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Q uando Mino Carta fez de sua revista um  house organ  no pior sentido da palavra, infestando-a de textos panfletários e lobbistas que secundavam a caça a Cesare Battisti deflagrada por Silvio Berlusconi, cansei de desafiá-lo para defender sua postura inquisitorial numa polêmica. Adivinhava que se acovardaria, como sempre se acovardou.  Já amarelara em 2004, quando uma repórter da  Carta Capital  me entrevistou sobre o 25º aniversário da Lei da Anistia e ele ordenou, na enésima hora, que fossem suprimidas todas as referências ao meu nome.  Também naquela ocasião mandei uma veemente contestação da atitude despótica que, com a mesma prepotência dos censores da ditadura, ele tomou. Em vão: não deixou que publicassem, nem respondeu. Estava ciente de que todo seu poder de nada valeria num confronto de textos, pois eu pulverizaria facilmente sua algaravia pomposa.  A que se devia tal antipatia gratuita? É simples: ele odeia os contestado...

A NOVILÍNGUA DA DILMA: IMPOSIÇÃO E CHANTAGEM VIRARAM "PACTOS POLÍTICOS"

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Por Celso Lungaretti "Assim como respeito e reverencio os que lutaram pela democracia, enfrentando a truculência ilegal do Estado (...), também reconheço e valorizo os pactos políticos que nos levaram à redemocratização." Esta frase é a mais infeliz que a presidenta Dilma Rousseff já pronunciou, até por haver omitido duas palavrinhas que fazem toda a diferença:  pela metade . Como consequência das concessões que os dirigentes oposicionistas fizeram em nosso nome, tivemos uma redemocratização pela metade, autoritária, manipulada, juridicamente capenga, oportunista e que deixou feridas abertas até hoje.    Trata-se, também, de uma afirmação reveladora: atesta que, nos pronunciamentos de Dilma, seu presente de candidata à reeleição pesa muito mais do que seu passado de revolucionária e presa política.  Ela quer evitar a qualquer preço que o tiroteio ideológico atrapalhe sua campanha eleitoral -a ponto de, por medida provisória, haver transf...

SE QUERES UM MONUMENTO PARA O GOLPE DE 1964, OLHA O CORONEL MALHÃES

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Por Celso Lungaretti A  frase célebre de Karl Marx foi ligeiramente modificada no Brasil: aqui a ditadura militar começou como farsa, transmutou-se em tragédia e terminou reconvertida em farsa (com a redemocratização pela metade, incluindo a impunidade eterna dos carrascos do regime e seus mandantes). A  formidável ameaça comunista  que ruiu quando um bando de  recrutas zeros  saiu desfilando pela Dutra, sem que fosse disparado um único tiro, escancarou o quanto eram farsescos os pretexto para o golpe. O que não impede os ultradireitistas de, à falta de justificativa plausível, baterem até hoje na desafinada tecla da  contrarrevolução preventiva .  É como se um réu alegasse haver assassinado um desafeto porque este pretendia matá-lo caso surgisse uma oportunidade. Seria condenado num piscar de olhos, pois legítima defesa se dá contra atos, não contra supostas intenções.  E se o suposto assassino em potencial evidenciasse ser tão ...