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Mostrando postagens de abril, 2016

Uma razão para minha tristeza

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O Golpe do dia 17 de Abril matou qualquer esperança de se promover a democracia dentro da ordem vigente. Ele provou que tal ordem não a respeita quando a ela- a democracia- de alguma maneira ou outra coloca em risco seus maiores beneficiário! O impeachment foi um artifício ardiloso para punir apenas um para salvar os demais de algo que todos tiravam proveito, a corrupção. O impeachment ocorre para salvar a corrupção institucionalizada  e seus maiores agentes, não para acabar com ela. é lamentável que a liderança do PT e do PC do B e demais integrantes da esquerda subestimaram tal coisa e que se salvaria das suas consequências. Talvez tenham pensado: se algo de ruim acontecer, acontecerá com todos ou com ninguém. erraram e erraram feio. Agora a merda foi feita e tomara que estejamos nós, aqueles que estão a esquerda nesse País, nos preparemos porque a caça as bruxas [NÓS] seremos homeopaticamente banidos dos espaços de atuação política, senão, exterminados. Mas,essa não é ainda  a

A votação do impeachment da Câmara em 15 gráficos

A votação do impeachment da Câmara em 15 gráficos : Veja como os parlamentares votaram na abertura do processo de impeachment de Dilma a partir de recortes partidários, por Estado, por bancada temática, por patrimônio, por cor de pele declarada, entre outros

O DOMINGO DO IMPEACHMENT JÁ É HISTÓRIA. O QUE FAZERMOS AGORA?

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Herói fortuito, o tucano Bruno Araújo deu o 342º voto.   O   domingo do impeachment  já é História. Vamos olhar para a frente, caso contrário viraremos estátuas de sal (ou, em versão atualizada, nos tornaremos irrelevantes...). São favas contadas que em maio o Senado, por maioria simples, aceitará receber o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, afastando-a do cargo. Michel Temer assume. E de nada adianta acalentarmos esperanças de que a moeda, da próxima vez, vá cair em pé: ela  não  reassumirá a presidência, inocentada, depois de 180 dias. Se Dilma sair, não volta mais.  Com a insensibilidade habitual, o PT ainda tenta puxar a brasa para sua sardinha: cogita propor o encurtamento do mandato de Dilma e a antecipação da eleição presidencial, de forma a coincidir com as municipais. Manchete garrafal, claro! Parece ignorar que foi fragorosamente derrotado e os vencedores não têm motivo nenhum para deixarem a caneta presidencial nas mãos de Di

DILMA AINDA PODE, COMO VARGAS, EVITAR A APOTEOSE DO INIMIGO. E NEM PRECISARÁ PAGAR COM A VIDA.

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D epois de uma canhestra e infrutífera tentativa de salvar-se do impeachment anunciado no  tapetão  do Supremo Tribunal Federal, nada mais resta a Dilma Rousseff afora a perspectiva de ter (pelo menos) dois terços dos deputados federais decidindo que ela faz jus ao impedimento. Era um placar negativo difícil de atingir. Ela conseguiu. Um fenômeno. Qual a chance de, no Senado, ela não ser depois fulminada por maioria simples? Nenhuma. Zero.  Game over . Ainda assim, Dilma parece disposta a continuar esperneando até o mais amargo fim, para depois ser clicada pelos fotógrafos ao retirar-se chutada do Palácio do Planalto enquanto os adversários estiverem festejando por todo o País. Após buscar tão diligentemente a derrota, ainda vai posar de derrotada, para gaudio dos que há muito queriam ver sua cabeça empalhada exposta na parede dos troféus.  Há quem louve tal teimosia, como se fosse espírito de luta. Não é.  Guerreiros de verdade não insistem em travar batalhas suicid

PARA A ESQUERDA REVOLUCIONÁRIA, HEGEMONIA PETISTA FOI PIOR DO QUE PRAGA DE GAFANHOTOS!

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D urante os intermináveis 21 anos da ditadura militar, consolava-nos tanto o pensamento de que o pesadelo terminaria um dia quanto a percepção de nossa superioridade intelectual e moral sobre aqueles que só tinham como trunfos a força bruta e o poder econômico de seus amos. Éramos os bons, eles os maus. Éramos os civilizados, eles os incultos. Éramos os idealistas, eles os mercenários. Éramos os solidários, eles os impiedosos. Éramos os honestos, eles os podres. Éramos os brilhantes, eles os medíocres. Estas certezas nos reconfortavam, enquanto víamos o tempo passar sem proveito, anos e anos indo para o ralo num Brasil manietado e amordaçado. As liberdades básicas de uma democracia burguesa, eu só as conheci de verdade aos 34 anos, pois até os 13 estavam distantes das minhas preocupações e em seguida vieram as duas décadas de ordem unida e paz dos cemitérios. Quando os horizontes maiores da vida social começaram a me interessar, o que havia era medo, restrições

ATÉ A 'FOLHA' CONCORDA: NOVA ELEIÇÃO É A MELHOR SOLUÇÃO.

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O editorial vir na capa é sintomático   N ão terá sido coincidência o fato de os dois jornais mais influentes de São Paulo (que, ao lado de  O Globo , são os maiores do País), terem publicado editoriais extremamente contundentes contra o Governo Dilma neste mesmo domingo, 3. Para quem consegue captar os subtextos da política e da comunicação, é sinal de que o drama brasileiro está chegando ao desfecho.  O da  Folha de S. Paulo ,  Nem Dilma nem Temer , começou acertando já no título: a presidente precisa ser substituída antes que o avanço daquela que já é a nossa pior recessão econômica de todos os tempos engendre a convulsão social, o caos e, talvez, uma nova ditadura; mas o vice não se constitui, nem de longe, no homem certo para unificar o País nestas circunstâncias dramáticas. Então, tanto quanto a esquerda precisa ser refundada após os fracassos e a lama da era petista, a democracia brasileira precisa ser passada a limpo depois de haver atingido grau tão extremo de