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Tião Serraia, o “Tio Chico” de Rolim de Moura: o jardineiro macabro do “progresso”.

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 “Se, no teu centro um Paraíso não puderes encontrar, não existe chance alguma de, algum dia, nele entrar” Angelus Silésius, místico medieval 1. Para quem vem da cidade de Novo Horizonte sentido centro da cidade de Rolim de Moura, em Rondônia, é obrigado a subir uma íngreme e extensa ladeira, geralmente debaixo d’um sol quente da moléstia dos cachorros, durante o demorado verão amazônico. Essa ladeira é parte do que os moradores paridos aqui chamam de Avenida 25 de Agosto. Como resido próximo as suas margens, no que os moradores já citados aqui chamam de “linha” [eufemismo para o termo “periferia da roça”], sou obrigado a subi-la sempre, diariamente, em direção a escola onde tenho que trabalhar. Durante essa sofrida subida, costumo sempre descansar nas sombras das poucas árvores que foram plantadas num trecho no seu canteiro central.   2. Essas poucas árvores plantadas são muito generosas. Brindam-nos sempre c...

No império do “ponhar”: Um tipinho do caipira deste lugar.

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1- Há um lugarzinho, neste lugarzinho do mundo, onde o ponhar reina em absoluto. No café da manhã, almoço e jantar: é socialmente natural ouvir quase todo mundo se “ponhar” a falar. Fala-se assim com tamanha freqüência que gente da cidade grande só faz estranhar. No cotidiano desse lugar: é comum que famílias “ponham” água prá ferver e café tomar. Roupas sujas são “ponhadas” na máquina para bater e depois secar. Lá, certos donos de casas, desenganado por médicos, saem de madrugadinha prá num papé fuminho “ponhar” e escondido fumar. Roupas se põem , não se veste. Algumas de suas mulheres jamais chifres gostam de colocar preferem “ponhar” . Outras, as mais honestas, acham melhor no do marido, no C d ele: “ponhar” . 2- Nesse império é comum: muitas pessoas só saberem nos outros ponhar . Sempre prá trás e atrás: nunca para frente, para que se possa andar. Quem nesse mundo não nasceu para “ponhar” : nada dele pode levar. Basta apenas su-“ponhar” algo de errado no estranh...

Se eu não “ponhar” amor....

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 Crônica dum coração exilado           Brincando com as palavras sagradas, eu passo a mostrar para todos os que me lerem um caminho sobremodo cuidadoso que alguns familiares, pais mães ou irmãos trilham com o intuito de estragar a relação entre duas pessoas, entre alguém da família com alguém de fora dela. No relaciomento entre quem cresceu numa família rural e quem cresceu numa família urbana. Seja esta uma amizade ou um casamento. Algo que eu mesmo estou experenciando.   1- Ainda que eu fale a língua dos roceiros melhor que os próprios roceiros e pense igualzinho a eles: se algum deles não “ponhar” amor, nada do que possa dizer fará sentido algum para os mesmos.   2- Ainda que eu durma e acorde bem cedinho e capine toda roça, minha e deles, inteira: se algum deles não “ponhar” amor, é como se o mato, a tiririca e as ervas daninhas nunca tivesse parado de crescer. 3- Ainda que eu conheça toda a ciência, seja um in...

O BLAH, BLAH, BLAH POLÍTIQUÊS DO RAUPP E SEUS CÔGENERES E O VALE DE OSSOS SECOS

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Não é de hoje esse blah, blah, blah rauppista:quem se deu bem mesmo?  1- Hoje pela manhã num canal local vi e ouvi o senador re-eleito pelo estado de Rondônia e presidente nacional do PMDB, Valdir Raupp sendo entrevistado. Ele é uma figura humilde, mas, insistentemente onipresente em todo este estado por enquanto. Coisa de político: está sempre na mídia: ser midiático o quanto for possível. Acredita que só existe se for desse jeito. Ele não é o único a agir assim, é obvio. Neste texto, cito-o apenas para falar de todos os outros políticos profissionais deste país. Poderia ser qualquer um, mas o escolhi como “símbolo” porque ele teve o azar de me cansar com seu blah, blah, blah politiqueiro de hoje. Mas, tenha paciência, ele fala, fala e fala e não consegue empolgar. Ele não me deixou esperançoso. Pelo contrário: aguçou meu ceticismo. Lembrou-me a aventura do profeta Ezequiel que lemos no livro do velho testamento da bíblia cristã no livro do mesmo nome do profeta, capítulo ...

MEUS E QUEM SABE TEUS CANSAÇOS...

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1.Estou cansado: de ser forçado a professar as Histórias alheias e a forçar os alunos a fazerem  mesmo sem hesitar. Busco alteridade, singularidade, autonomia e liberdade. 2.Estou cansado: de colegas de trabalho que assumiram sua condição de palhaço: para divertir alunos, babar e se calar diante diretores e o pessoal do governo e do sindicato. Busco fechar meu corpo para desses me livrar. 3.Estou cansado: dessas ratazanas diplomadas, tiranas "erenylciadas"; pilantras "mardanthiniadas" e de alma apequenada. Busco mais conhecimento para deles nos libertar. 4.Estou cansado: desse lugar- que promete pouco para nos sacanear.Busco sempre um meio de partir para um melhor lugar. 5.Estou cansado: por tudo isso e por não saber como descansar. Busco atentamente ver beleza, o suficiente, para meu espírito sossegar. 6. Estou cansado: ....mas, ainda tenho forças para lutar. peixoto.

DIÁRIO DO EXÍLIO -03

Sábado, 30 e domingo, 31/01/2010 Impressões momentâneas. 1. Só para não passar em branco, neste sábado fui convidado pelo meu cunhado a assistir a reunião do diretório municipal do PT. Não havia 30 ouvintes contando conosco. 2. A reunião estava de certa forma, organizada. Havia uma pauta definida e tempos bem cronometrados. Mas não vi nenhuma leitura da ata da reunião anterior e nem registro em ata da presente reunião. Os temas principais foram às eleições de 2010; a instalação da CPI pela câmara de vereadores para investigar denúncias contra o prefeito em exercício pelo grupo da ex-prefeita Milene Mota e a prestação de contas. 3. Resumidamente, todas as falas no tocante ao primeiro tema revelaram mais as fraquezas do partido que as suas virtudes. Há um desejo que haja um deputado estadual da região, isto é, de Rolim. Mas uma confusão quanto à questão da candidatura. Há quem defenda uma só de consenso e há quem, veementemente, defende o oposto. Tal preocupação se estende ao resto ...