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QUEM NÃO É CHARLIE ESTÁ PERDENDO O TREM DA HISTÓRIA

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Por Celso Lungaretti O martírio de Alexandre Ulianov  motivou... A o nascerem, tanto o marxismo quanto o anarquismo prometiam conduzir a humanidade a um estágio superior de civilização. A proposta de ambos era a de um melhor aproveitamento do potencial produtivo existente, direcionando-o para a promoção da felicidade coletiva, ao invés de desperdiçá-lo em desigualdade e parasitismo. A hipótese anarquista nunca foi testada: não houve país em que cidadãos livres organizassem, por tempo suficiente para extrairmos conclusões, a economia e a sociedade sem a tutela do estado. A hipótese marxista não foi testada da forma como seus enunciadores previam: em países cujas forças produtivas estivessem plenamente desenvolvidas. Nas duas nações ditas socialistas que realmente contam, a revolução teve de cumprir uma etapa  anterior , qual seja a de acumulação primitiva do capital, já que se tratava de países ainda desprovidos da infra-estrutura básica de uma economia ...

A REVOLUÇÃO NÃO É O CONVITE PARA UM JANTAR

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Por Celso Lungaretti "A revolução não é o convite para um jantar, a composição de uma obra literária, a pintura de um quadro ou a confecção de um bordado, ela não pode ser assim tão refinada, calma e delicada, tão branda, tão afável e cortês, comedida e generosa. A revolução é uma insurreição, é um ato de violência pelo qual uma classe derruba a outra." Não sou fã incondicional do velho Mao Tsé-Tung, mas ele tinha lá seus momentos. Esta frase é uma pérola. Muitos companheiros estão assustados com o rumo que os protestos de rua tomaram em Sampa. Como a participação da direita fardada foi catastrófica, agora é a direita de jeans que reage ao movimento, com mais argúcia. E, também, com uma aparente   forcinha   do PT. Não dá para acreditarmos que o Rui Falcão mandasse militantes embandeirados para o olho do furacão sem prever que seriam hostilizados. Meu palpite é bem outro:  ele queria que acontecesse exatamente o que aconteceu. Era óbvio que a dire...

REFLEXÕES SOBRE A MORTE DE UM TIRANO

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Por Celso Lungaretti Nas pegadas de Stálin: assim se cultuava a personalidade do ditador que já foi tarde. P elos motivos que vou expor adiante, nunca me interessou particularmente o que acontecia na Coréia do Norte. A idade me ensinou a manter distância daquilo que só me deprimirá.  Mas, para os interessados, recomendo a ótima análise de Elio Gaspari em sua coluna Já foi tarde (acesse íntegra aqui ) da qual destaco estes parágrafos estarrecedores: " Em 1945, a península coreana foi dividida entre duas ditaduras. A do Norte, comunista e rica. A do Sul, capitalista e pobre. Nos anos 60, quando se falava em  milagre coreano , o tema era a supremacia socialista. Em 1970, todos os vilarejos do país tinham eletricidade.  Passou-se uma geração, o Sul tem uma democracia e o Norte tem uma tirania enlouquecida, que mais se parece com a  Spectre   do romance de Ian Fleming do que com um Estado. Em apenas quatro anos, entre 1991 e 1995, a renda per capita d...